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Desvendando “chip da beleza”: o que você precisa saber sobre a gestrinona!

A gestrinona tem sido amplamente discutida como uma possível solução para diversas questões femininas. Mas será que realmente é tudo isso que dizem?

Celebrada por muitos como o “chip da beleza”, a gestrinona arrebatou o mercado brasileiro como a solução definitiva para todas as aflições femininas.

Trouxe consigo a promessa de um corpo mais forte, atlético e saudável. Tudo isso através de um procedimento simples, rápido e indolor, realizado no próprio consultório.

Nada de cirurgias, intervenções longas, complicadas, e que muitas vezes requerem um bom tempo para a recuperação. Simplesmente a tecnologia, em sua forma mais sublime.

Por isso, foi só uma questão de tempo até se tornar uma verdadeira febre, transformando-se em objetivo de desejo para as mulheres por todo o país.

Seria tudo isso um enorme exagero, ou estaríamos diante de uma substância com benefícios tão grandes que é impossível ignorar?

Como tudo começou

Descoberta na década de 70, visando a contracepção, causou pouco impacto por seu alto custo, e por não demonstrar superioridade em relação aos anticoncepcionais da época.

Se manteve esquecida até a década de 80, quando apresentou resultados promissores no tratamento da endometriose, conquistando notoriedade neste novo propósito.

No Brasil, começou a ganhar destaque a partir de estudos realizados pelo ginecologista baiano Elsimar Coutinho, que introduziu sua administração através do uso de implantes subcutâneos (“chips”), com sucesso significativo para diversas finalidades.

O que é, e para que serve a gestrinona?

É um hormônio derivado da 19-Nortestosterona, cuja ação fundamental está relacionada ao bloqueio das ações do estrogênio no organismo. Suas indicações clássicas estão associadas a condições decorrentes do excesso deste hormônio, sendo a endometriose a maior delas, além da miomatose, TPM, sangramento menstrual excessivo e cólicas.

Gestrinona é o “Chip da Beleza”?

Entretanto, também possui uma ação anabólica secundária, mais proeminente em doses altas, razão que levou ao abuso desta substância para fins estéticos e motivou o título pelo qual é popularmente conhecida até hoje.

Em decorrência desta prática, foram observados inúmeros efeitos colaterais mais significativos, levando a inúmeras críticas e estimatização por parte das sociedades médicas e entidades regulatórias.

Apesar de efeitos adversos serem infrequentes em doses mais baixas, concentrações elevadas aumentam seu potencial se toxicidade, podendo predispor a riscos importantes.

Possíveis efeitos adversos

Seus principais colaterais estão relacionados as propriedades androgênicas, que podem levar a alterações transitórias, como acne, excesso de oleosidade na pele e queda de cabelo, além de complicações potencialmente irreversíveis, estando o aumento do clitóris e o engrossamento da voz entre as mais comuns.

Estas disfunções acontecem principalmente em virtude do aumento da fração livre da testosterona, que aumenta a atividade deste hormônio, provocando efeitos decorrentes de seu excesso.

O uso estético faz mesmo sentido?

Por esta razão, o uso da gestrinona não é recomendado para fins estéticos, já que nas doses utilizadas para estes fins os efeitos colaterais tornam-se constantes, com prejuízos significativos e potenciamente irreversíveis.

Conclusão

Em suma, é fundamental ressaltar que a gestrinona não é uma solução mágica para todos os problemas femininos, mas sim uma opção terapêutica que deve ser cuidadosamente avaliada e prescrita por profissionais capacitados.

Ao considerar as indicações e contraindicações, podemos utilizar a gestrinona de maneira consciente, aproveitando seus benefícios significativos como um valioso recurso para promover a saúde feminina.

Por isso, é essencial buscar orientação médica e fazer uma escolha informada quando se trata do uso dessa substância, visando o cuidado e bem-estar de forma responsável.

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